O presidente da Coopatrigo Ivo Batista anunciou nesta sexta-feira em manifestação no programa de rádio da cooperativa que a partir de segunda-feira estará abrindo compra de trigo dos associados participativos que estão entregando a sua produção.

A cooperativa estava sem preço no trigo a mais de 20 dias em virtude das dificuldades de comercialização, já que os moinhos estão abastecidos neste período e também estava sendo aguardado o andamento da safra para verificar a qualidade do grão para o enquadramento nos mecanismos de comercialização do governo federal.

Como a safra de trigo está tendo problemas de produtividade e principalmente de qualidade, o que não garante a participação do nosso trigo nos leilões para a busca dos preços de trigo tipo pão, a Coopatrigo está fazendo um esforço e estará comprando um percentual da produção já entregue com recursos próprios e também com financiamentos conseguidos junto ao Banco do Brasil, para conseguir dar liquidez para parte da safra e oportunizar os seus associados que comecem a honrar com os compromissos mais urgentes que foram assumidos para este período.

“Infelizmente o preço a ser pago não vai ser o esperado pelo produtor, pois ele está sendo fixado em cima dos negócios que estão acontecendo baseados principalmente na qualidade do trigo” afirmou o presidente da cooperativa.

Ivo Batista afirmou ainda que a baixa qualidade do trigo que estamos colhendo é resultado de uma série de fatores que iniciaram no momento do plantio, quando não ocorreram as melhores condições para implantação da lavoura e daí se soma as doenças e o excesso de umidade. “Ninguém gostar de uma frustração de safra, mas essa é a nossa realidade do momento e temos que enfrentá-la”, disse o presidente da Coopatrigo.

Outra notícia destacada pelo dirigente é sobre a safra de soja que começa a ser plantada na nossa região e a Coopatrigo estará abrindo, também a partir de segunda-feira a opção de Contratos Futuros, onde o produtor já poderá fixar o preço de parte da sua safra. “Os contratos de soja sempre são uma opção para o produtor fixar os seus custos de produção e por isso estamos abrindo esta opção, mas reforçando que a decisão de fazer ou não um contrato de soja futuro sempre deve ser do produtor”, finalizou Ivo Batista.