Com a confirmação da safra de soja dos Estados Unidos em mais de 100 milhões de toneladas e as expectativas de safras boas no Brasil e na Argentina, o cenário de preços futuros para a oleaginosa são de patamares menores do que os praticados na safra anterior. A afirmação foi feita na última segunda-feira pelo especialista em mercado de grãos da BUNGE Matheus Almeida que esteve palestrando para os associados da Coopatrigo.
O especialista disse que estes fatores apontam para uma maior oferta de produtos da que tivemos nas últimas duas safras e apesar da demanda continuar aquecida deveremos ter mais soja disponível para venda nos três países que mais produzem a oleaginosa no mundo e isto então aponta para preços mais baixos.
Almeida disse ainda que como a safra americana já está confirmada, este cenário futuro somente mudará se tivermos frustração de safra no Brasil e Argentina, o que no momento não é apontado, pois as lavouras já foram implantadas nestes dois países em boas condições, com algumas poucas exceções.
Outro fator que influência no preço da soja é a cotação do dólar, principalmente no mercado interno, e a leitura que a BUNGE faz sobre o câmbio é que ele deve continuar nos patamares atuais, podendo inclusive se valorizar mais um pouco.
Doenças da Soja
Neste mesmo encontro realizado pela Coopatrigo na segunda-feira houve uma palestra com a fito patologista e professora da Universidade de Passo Fundo, Carolina Deuner que falou sobre doenças da soja, especialmente a ferrugem, a qual exige uma proteção constante da planta para os prejuízos não serem significativos.
Carolina Deuner falou que o produtor precisa ficar atento, porque a pressão de doenças está ocorrendo cada vez mais cedo e isto exige a antecipação das aplicações de fungicidas. Outro recado trazido foi o de que o residual dos produtos também está diminuindo e o intervalo entre uma e outra aplicação que até pouco tempo era de 21 dias, está se situando em 17 dias, dependendo da pressão da doença.
A fito patologista relatou que a UPF tem um monitoramento constante da ferrugem e que ela já foi detectada em soja guaxa em várias regiões do estado e também já há uma ocorrência em lavoura comercial em Julio de Castilhos, ou seja, a doença está por aí e para o seu desenvolvimento somente é necessário as condições ideais, que é umidade em boa quantidade e mormaço, como vem ocorrendo nos locais que são beneficiados com pancadas de chuva.
A palestrante sugeriu aos produtores que façam o monitoramento constante das suas lavouras e também fiquem em contato direto com os técnicos da cooperativa que estão preparados para orientar sobre todos os procedimentos necessários para que as doenças não venham a se instalar nas plantas.
O presidente da Coopatrigo, Ivo Batista agradeceu a expressiva participação dos associados no encontro, dizendo que trazer informações atualizadas para os produtores é uma preocupação constante da cooperativa para que ele possa planejar as suas atividades.
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