Cooperativismo agropecuário gera desenvolvimento regional e competitividade ao produtor

  • 1 de julho de 2022

O Dia Internacional do Cooperativismo no próximo sábado, 2 de julho, tem muito a comemorar. Por ser um modelo econômico alicerçado na cooperação, ele se diferencia dos outros modelos, prestando serviço no mundo inteiro. As afirmações são do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, que cita a frase “Cooperativismo, aqui você é o dono”.Conforme Pires, o cooperativismo agropecuário do Estado passou por algumas crises que geraram prejuízos ao setor e também para a agricultura. “Às vezes o cooperativismo quer fazer o papel do Estado, por exemplo, para o financiamento, mas não tem estrutura para aguentar uma estiagem como a que aconteceu no ano passado”, exemplifica, destacando, no entanto, que o momento atual do cooperativismo agropecuário é extraordinário. “Tivemos um crescimento excepcional em 2021 e esse ano, apesar de uma safra com quebra acima de 50%, ainda temos um bom desempenho das cooperativas agropecuárias gaúchas”, salienta.O presidente da FecoAgro/RS coloca, ainda, que o cooperativismo é um modelo bom para o produtor e para as regiões. Ressalta que os recursos gerados ajudam no desenvolvimento regional e o produtor, independentemente do seu tamanho, tem assistência técnica e competitividade tanto nas vendas quanto nas compras. “Claro que temos tendências, por exemplo, como a diminuição no número de cooperativas, mas essa redução vem acompanhada de um aumento de participação do modelo econômico cooperativo nas economias regionais. É assim que está acontecendo no Rio Grande do Sul e é assim que acontece no mundo inteiro”, observa.Segundo dados do Sistema Ocergs, no ano passado as cooperativas agropecuárias registraram um faturamento de R$ 51 bilhões, aumento de 45,9% em relação ao exercício anterior. O Rio Grande do Sul possui 60 cooperativas com planta agroindustrial e o faturamento delas representa 71,6% do total dos sete ramos de cooperativismo no Estado e as sobras correspondem a 28,5% do total dos ramos.Foto: DivulgaçãoTexto: Rejane Costa/AgroEffective