Instrução Normativa 62 provoca novas diretrizes no recolhimento do leite

  • 27 de maio de 2015

As diretorias da CCGL e da Coopatrigo estiveram reunidas nesta segunda-feira discutindo estratégias para as medidas que serão implantadas para atender as exigências da legislação no que diz respeito a qualidade do leite recolhido na nossa região. Caio Vianna presidente da CCGL, Darci Hartmann vice-presidente e Jair Mello gerente de suprimentos estiveram reunidos durante toda a manhã com o presidente Ivo Batista, superintendente Luiz Flávio Oliveira e Roberto Mallmann responsável pelo setor leite da Coopatrigo.

A medida mais drástica e que vai atingir mais de 100 produtores que atualmente entregam leite para o sistema cooperativista é o não recolhimento da produção de quem produz menos de 50 litros/dias. Segundo explicou Caio Viana, um estudo técnico aponta que para produzir com qualidade e ter renda o produtor necessita produzir 100 litros/dia, mas como o setor cooperativista tem preocupações sociais está se reduzindo este limite para 50 litros e será dado o prazo de 1 ano para que estes produtores auxiliados pela assistência técnica da CCGL/Coopatrigo consigam aumentar a sua escala de produção e chegar aos números indicados pelo estudo técnico.

Todas estas ações estão sendo tomadas em conjunto pelas indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul a partir das várias fraudes que foram descobertas neste setor provocando uma intensificação nas ações de fiscalização do MAPA e originou a elaboração da nova Instrução Normativa 62 que rege todos os padrões de qualidade desde que o leite sai da propriedade até a sua industrialização.

“São as exigências de mercado que nos obrigam a ter escala de produção e qualidade no leite” justificou Caio Vianna dizendo que pequenos produtores podem tranquilamente produzirem este volume, citando exemplo de propriedades com 10 hectares que produzem 500 litros de leite/dia. “A partir de agora teremos a profissionalização da atividade leiteira” finalizou o presidente da Cooperativa Central Gaúcha do Leite.

Ivo Batista por sua vez disse que os produtores que entrarão neste corte necessitam ter a compreensão, pois a Coopatrigo ou se adéqua as novas normas ou terá que parar totalmente com o trabalho neste setor. “Sabemos da importância da atividade leiteira nas pequenas propriedades, mas os produtores também necessitam fazer a sua parte e produzir com escala e qualidade, por isso já estamos trabalhando a um bom tempo com foco na assistência técnica para que os produtores se enquadrem nessas novas normas”, justificou o presidente da Coopatrigo.

As novas medidas começam a valer a partir do dia 1° de junho, quando também será implantado um programa de assistência técnica nas propriedades que estão no limite de baixo da escala de produção. Para a realização deste trabalho a CCGL destinará mais 1 técnico que se juntará a equipe da Coopatrigo e farão um acompanhamento mais direcionado nestas propriedades.